Animal em casa pode ser terapêutico
Animal em casa pode ser terapêutico
por Regina Niglio da ADJ
Criar um animalzinho na infância pode ser uma forma agradável de aprender a ter responsabilidade, dedicar amor a outro ser e ter paciência. Cuidar de um bicho pode, também, ser uma ótima terapia para crianças com diabetes, que em função de sua condição precisam ter cuidado e responsabilidade consigo mesmas. A opinião é da psicóloga Regina Niglio, da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ). Para ela, passada a primeira fase de adaptação após o diagnóstico e depois que a criança aprendeu os cuidados que deve tomar em função do diabetes, a família já pode pensar na alternativa de ter um bichinho.
Animais domésticos oferecerem companhia, diversão e, até mesmo, a possibilidade de praticar uma atividade física, quando têm de ser levados a passeio. Entretanto, a decisão de criar um bichinho tem de ser tomada com muito cuidado e deve ser considerada pela família toda, já que um novo ser dentro de casa vai afetar a vida de todos igualmente. “Pegar um animal para criar e depois ter de dá-lo ou devolvê-lo pode ser pior do que não adotar o bicho, porque aí a criança vai ter de conviver adicionalmente com a perda”, adverte Regina.
Alguns aspectos precisam ser avaliados e discutidos por todos previamente, como verificar se a casa tem espaço suficiente para abrigar o animal de forma adequada, sem causar transtornos à família; se há condições financeiras para a alimentação, idas a veterinário, vacinações e medicamentos eventualmente necessários; se não há pessoas alérgicas na família.
Outra questão importante é relativa a quem vai cuidar do novo morador. Se for um cachorro, por exemplo, quem vai passear com ele; se for um peixe, a quem caberá limpar o aquário e assim por diante. Se essas tarefas forem designadas para a criança que vai ganhar o bichinho, desde que ela já tenha idade para a função, é bom discutir primeiro com ela o horário em que essas tarefas terão de ser cumpridas e de que atividades ela poderá ter de abrir mão para atender ao compromisso.
Se com essas questões analisadas a família se decidir favoravelmente à adoção de um animal, o passo seguinte é definir-se por qual tipo de bicho adotar. Aqui o que conta são as preferências da família e, principalmente, da criança que será presenteada. Vale pedir ajuda a um veterinário, principalmente se a escolha recair sobre os cães: a definição da raça deve ser feita levando em conta o temperamento da criança, o espaço disponível, a necessidade de treinamento para o cão e outros fatores da personalidade e do dia-a-dia da família.
“Quando a decisão considera todos esses fatores, criar um animal doméstico pode ajudar muito a criança diabética a melhorar seu senso de responsabilidade e perceber que o mesmo cuidado que ele dedica ao bicho deve ser dedicado a si mesmo, tornando mais fácil sua adesão ao tratamento, ou seja, aos cuidados alimentares e com o acompanhamento de sua glicemia”, afirma Regina.
Fonte: http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/gente_palavra_profissional.aspx?id=143
Foto: Beverly
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