Palmilhas e calçados adequados: Grandes aliados do diabético
por Márcia Nogueira
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Sabemos que a pior seqüela que pode atingir os portadores de diabetes é a gangrena (decomposição de tecidos do corpo), que leva o indivíduo a uma cirurgia radical, eufemismo médico para a amputação. Não temos notícias de outra forma eficaz de evitar esse recurso extremo, mas muitos estudos caminham para esse objetivo. Tratamentos alternativos, embora caros, estão sendo desenvolvidos no Brasil com muita eficácia.
O maior ponto fraco dos pacientes diabéticos são os pés, pois, basta uma ferida não cicatrizada (mal perfurante plantar) num dos dedos e logo o pé e a perna pode estar comprometida, levando à amputação.
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Os testes foram feitos no Núcleo de Biomecânica. Esse trabalho consiste em 2 etapas: na primeira os voluntários ficam em pé sobre duas palmilhas eletrônicas, que carregam 960 sensores em suas superfícies. Essas palmilhas são ligadas ao F-Scan, um sistema de computador desenvolvido por uma empresa americana, que projeta numa tela a distribuição de pressão e força na planta de um pé e outro, conforme o apoio do peso de cada indivíduo. Em seguida, a mesma operação é realizada com a pessoa em movimento, utilizando palmilhas envolvidas por meias. Esse teste além de oferecer dados importantes em relação aos diabéticos tem servido também para a avaliação de técnicas cirúrgicas em pés chatos.
Como resultado desse primeiro teste, foi tirada a seguinte conclusão: os pontos da planta do pé em que ocorrem as maiores pressões do peso do corpo são o retropé (região do calcanhar) e a cabeça do metatarso (próxima dos dedos). Entre os diabéticos, porém, essa pressão se faz sentir mais, pela ordem, na cabeça do metatarso, no mesopé ( região do meio) e no retropé.Conclusão: os diabéticos pisam de forma diferente das pessoas que não o são.
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Como resultado dessas experiências, a palmilha que os pesquisadores buscam será aquela que, ao receber a pressão sobre um determinado ponto, seja capaz de redistribuí-la para outras regiões da planta do pé. Pesquisa essa que depende do trabalho dos profissionais em biomecânica mais a descoberta do material mais adequado para a sua fabricação.
Até que se tenha uma solução 100% satisfatória, continuam valendo as medidas profiláticas, que devem ser passadas para os pacientes diabéticos e aqui entra a grande importância de nós, podólogos, como orientadores de nossos clientes, os informando dessas importantes medidas como: o corte correto das unhas, cuidados com os calos e hidratação da pele, além do uso de calçados especiais, macios e de bico largo. E, para as mulheres, a proibição de salto alto, bico fino e meias sintéticas.
Medidas profiláticas podem diminuir em até 50% as chances de uma cirurgia radical.
Obs.: Imagens Internet
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