Doenca crônica implica maior atencao ao emocional
Doença crônica implica maior atenção ao emocional
por Regina Niglio da ADJ
Na última década, vários estudos demonstram que qualquer doença física representa um estresse psicológico e orgânico, o que aumenta o risco de desenvolvimento de transtornos emocionais. O diabetes, por ser uma doença crônica, é importante fonte de estresse e, como tal, a sua instalação aumenta o risco de vários distúrbios emocionais, entre os quais depressão, ansiedade, transtornos alimentares e sintomas psicológicos isolados que representam grande sofrimento para esses pacientes. A informação é da psicóloga Regina Niglio, da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ).
No tratamento do diabetes mesmo o controle glicêmico contínuo, com acompanhamento médico rigoroso, pode não evitar descontroles de glicemia graves, com repercussões físicas e psíquicas. Os sintomas psíquicos mais comuns da hipoglicemia são a falta de concentração, sensação de fadiga, apreensão, redução intensa da atenção, sonolência, podendo chegar ao coma. O desempenho escolar pode ficar comprometido. Na hiperglicemia os sintomas psicológicos são semelhantes, embora em menor grau.
Segundo a psicóloga, longos períodos de descontrole glicêmico podem causar lesões crônicas no sistema nervoso central, com comprometimento da memória e da atenção.
Entre os distúrbios emocionais mais freqüentes na população em geral, Regina destaca a depressão. A consequência, na associação com a doença crônica, é acelerar a progressão da doença física que, por sua vez, pode aprofundar o estado depressivo, gerando um círculo vicioso.
Regina acredita que na criança ou no adolescente diabéticos fatores adicionais como os conflitos familiares, a rebeldia e a imaturidade próprias da fase podem dificultar o bom controle glicêmico. Além disso, o diabetes juvenil interfere no estilo de vida familiar de forma intensa.
Para a especialista, na medida em que esses transtornos aparecem na vida do paciente é necessário que a família esteja bem orientada no sentido de procurar ajuda de profissional da área e principalmente grupos de apoio como os de associações. “É por meio desses grupos e de orientação que a criança pode se sentir acolhida em seu sofrimento e dividir suas angústias com outras crianças, trabalhando seu conflito de forma terapêutica”, ensina a psicóloga.
Fonte: http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/gente_palavra_profissional.aspx?id=171
Foto: H.J. Wesselink
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